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Disruptura das coisas: ameaça ou salvação?

Por Renato Autílio

A minha inquietude me faz reavaliar, de tempos em tempos, todas as formas de lançamentos de startups de empresas ou produtos. De modo geral, a todo tempo e em todo o mundo, tem uma multidão de candidatos ao empreendedorismo criando novas formas de se fazer tudo ou de se resolver “dores”.

Os riscos para empresas tradicionais são grandes, pois nas últimas duas décadas vi, na disruptura de ideias, vários negócios serem afetados por startups como um Davi enfrentando Golias. Em alguns casos os gigantes caíram diante de pequenos e notáveis negócios.

Mas o que faz isso acontecer? Simplesmente, recriando as formas como as coisas eram feitas e as tornando mais amigáveis, íntimas e inovadoras –  a inovação enfrentando o comodismo. Esse perigo enfrentado o tempo todo por grandes empresas as fazem ficar de olho em centenas de oportunidades, tornando as supostas ameaças em aliadas. É a nova lei de mercado: uns criam ameaças para terem oportunidades de vendê-las rapidamente; outros esperam novas soluções criativas para adquirirem know-how jamais imaginados e por valores mais acessíveis; e, por fim, outros têm em suas essências empreendedoras o sonho de criar negócios que transformem positivamente a humanidade.

Eu, particularmente, admiro muito essas incansáveis mentes brilhantes, que melhoram as vidas das pessoas, visando as três formas de sustentabilidade: social, econômica e ambiental. Essas startups do bem me fascinam, pois geram empregos, fomentam a economia e visam melhorias ambientais ao planeta.

Mas, por outro lado, essas provocações constantes de ideias disruptivas me faz, como especialista em marketing, apresentar esses negócios inovadores de maneira também diferente. Antigamente, eu divulgava uma empresa como ela era. Atualmente, para as pessoas entenderem tantas inovações, tenho que dizer inicialmente o que um novo negócio não é, por um motivo muito simples: sempre quando uma pessoa se depara com algo novo, ela busca em sua memória algo similar para se amparar e começar a criar seu próprio repertório de entendimento sobre a tal inovação –  sempre algo novo lembra um antigo. É assim que funciona o “mindset” das pessoas e, normalmente, não é eficiente.

Para romper isso, sempre quando me deparo com uma ideia inovadora proponho o exercício da desconstrução, levantando tudo que parece similar e destruindo cada ponto, com argumentos que rompam todos os possíveis paradigmas, descortinando novos cenários ou horizontes mais amplos à frente de seus públicos.

Tarefa difícil? Possivelmente. Mas, extremamente eficiente e compensadora. Explicar o “novo” pode ter um entendimento muito demorado. O que é óbvio para uns, pode não ser nada claro para outros. Portanto, o repertório de comunicação adotado tem que ser eficiente e engajador: um manifesto. A responsabilidade é grande, mas a realização quando tudo dá certo é muito maior. Acredite!

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